Após ter ressuscitado, Jesus aparece aos discípulos e lhes ordena dizendo: “Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda a criatura”. Marcos 16:15
Entendemos que as crianças também estão inseridas neste contexto, pois quando Deus olha para a humanidade Ele não faz acepção entre adultos e crianças, Ele vê almas pecadoras que precisam da Salvação em Cristo Jesus.
“Quem porventura é maior no reino dos céus? E Jesus chamando uma criança, colocou-a no meio deles. E disse: em verdade vos digo que, se não vos converterdes e não vos tornardes como uma criança de modo algum entrareis no reino dos céus. Portanto aquele que se humilhar como esta criança, esse é maior no reino dos céus. E quem receber uma criança, tal como está em meu nome a mim me recebe. Qualquer, porém, que fizer tropeçar a um destes pequeninos que crêem em mim, melhor lhe fora que se lhe pendurasse uma grande pedra de moinho no pescoço e fosse afogado nas profundezas do mar”. Mateus 18:1-14
A criança é pecadora?
Neste texto vemos os discípulos questionando Jesus acerca de quem seria o maior no reino de Deus. Em resposta Jesus diz que eles deveriam se converter e serem humildes como uma criança. Jesus aqui não está falando que a criança não tem pecado, nem que para ela ser salva deve ser humilde. Temos falsa idéia de que a criança é pura e não tem pecado. No Salmo 51:5 o salmista diz: “Eu nasci na iniqüidade, e em pecado me concebeu minha mãe”. Romanos 5:12 diz: “todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus”.
A criança é pecadora e precisa de Salvação!
Veremos então no texto de Mateus cinco princípios de atitude que devemos ter em relação às crianças:
1. Devemos receber a criança como receberíamos a Jesus. V. 5
Jesus disse que quem recebe uma criança está recebendo a Ele mesmo, vemos muitas vezes dentro da igreja pessoas que tem aversão às crianças, não suportam a presença delas na igreja ou em qualquer outro lugar, depois dizem amar Jesus. Como igreja precisamos olhar para as crianças vê-las como Deus as vê, elas também fazem parte do rebanho. Uma prova real de que não temos feito isso, é que na célula e até mesmo na igreja os melhores lugares e recursos são direcionados sempre aos adultos todas as melhorias e tudo que acontece é em função dos adultos, e as crianças são colocadas na maioria das vezes em segundo plano.
2. Não devemos deixar que nenhum dos pequeninos tropecem. V. 6
Aqui Jesus nos adverte:
“aquele que fizer uma criança tropeçar é melhor que se mate”. Baseado no fato de que Deus abomina o suicídio pode, os ver podemos ver quão importante é uma criança para Deus. Às vezes podemos pensar o seguinte: “Mas eu não faço nenhuma criança tropeçar!”.
A criança é observadora e imitadora do adulto, muitas vezes falamos para elas não faça isso, e nós mesmos fazemos, levando a criança se decepcionar e desacreditar das coisas de Deus. Temos que ter cuidado com o nosso testemunho, pois somos espelhos para as crianças.
Vemos também pais que exigem que seus filhos sejam responsáveis e não falhem na escola, porém na igreja estão livres para fazerem o que quiserem. Assim a criança aprende que a igreja não tem tanta importância.
Às vezes a criança aprende algo na igreja e quer compartilhar conosco e não damos atenção. Há muitas formas de fazermos uma criança tropeçar, mas a pior delas é não demonstrarmos que elas são especiais para Deus, tendo assim o mesmo valor que um adulto.
3. Não desprezem nenhum dos pequeninos v. 10
Desprezar fala de ignorar, de ser indiferente às necessidades espirituais delas. Não falo somente das crianças que estão congregando em uma igreja, mas principalmente as que estão no mundo sofrendo todos os tipos de ataques por parte do inimigo. A violência contra as crianças tem aumentado a cada dia, podemos citar neste caso a agressão física e moral, a abuso sexual, etc.
4. Não devemos deixar que os pequeninos pereceram. Vers. 14
A palavra perecer significa morrer, devemos atentar para a vida da criança enquanto há tempo. Pois não é da vontade do Pai que elas pereçam. Devemos trazer os pequeninos até Jesus. A criança não pode sair sozinha ela depende de um adulto para levá-la a igreja ou a célula.
Três razões por que muitas vezes resistimos o trabalho com as crianças
1. Por influência do inimigo
O diabo não quer que as crianças sejam salvas, pois uma criança salva representa uma alma salva, sendo assim uma ameaça para o inferno, pois ela terá muito mais tempo para evangelizar durante toda a sua vida.
2. Porque não são vistas como parte do rebanho
Neste mesmo texto Jesus fala acerca da ovelha perdida e o pastor que sai atrás desta ovelha, está usando uma criança como exemplo. A criança é ovelha do rebanho de Cristo por isso é da responsabilidade dos pastores e lideres zelarem para que elas não se percam do rebanho.
3. Por causa da visão distorcida
Muitos pais não se vêem como lideres espirituais de seus filhos, é uma falha acreditar que a responsabilidade de levar as crianças a Cristo é somente da igreja. O Salmo 44:1 diz “Ó Deus ouvimos com os nossos ouvidos, e nossos pais nos tem contado os feitos que realizaste em seus dias, nos tempo da antiguidade”. Também existem os que pensam que por serem salvos, seus filhos herdaram a Salvação. A Salvação é dada quando a pessoa confessa com os lábios e crê no coração. Romanos 10:9 diz: “Se com a tua boca, confessares ao Senhor e, em teu coração, creres que Deus o ressuscitou dos mortos, serás salvo”.
Primeiramente é da responsabilidade dos pais ensinarem aos seus filhos acerca das coisas espirituais, depois então da igreja. Temos visto que em muitas igrejas, o ministério com as crianças como algo sem valor. Colocam-se as crianças em uma salinha mal acomodadas e lhes dão uma folha de sulfite para rabiscarem uma coisa qualquer, então assim os pais podem assistir o culto tranquilamente. O que se torna um grande erro, pois a melhor idade que existe para falar de Jesus a uma pessoa é a infância, pois nessa fase ela é receptiva ao evangelho, não tem argumentos, nem conceito de religiões, ela é humilde e acredita naquilo que dizem ainda que o que lhe foi dito seja mentira. Ex.: papai Noel, coelho da páscoa, etc.
Em uma pesquisa a ONU divulgou que 50% da população no mundo são crianças de até 15 anos. Em outra pesquisa feita pela APEC (Aliança Pró Evangelização das Crianças) foi levantado que o evangelismo feito a uma pessoa:
· De 0 á 4 anos, 1% dos resultados do positivo;
· De 4 á 14 anos, 85% dos resultados são positivos;
· De 14 aos 30 anos, 10% dos resultados são positivos;
· Após os 30 anos, 4% dos resultados são positivos.
Podemos ver então que quanto mais o tempo passa, mais o coração das crianças vai endurecendo, tornando-se mais difícil levá-las ao conhecimento de Cristo. Precisamos investir nelas enquanto são pequenas, pois elas serão os futuros lideres e pastores da próxima geração.
Lembremo-nos, ainda, de que as crianças dependem de nós para mostrarmos-lhes o caminho certo.
“Ganhando uma criança para Cristo, ganha-se uma vida inteira que poderá ser utilizada a serviço de Deus”
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